Sobre o tímido risco de luar

Quando nos lábios os sorrisos emurchecerem

E nos olhos a expressividade se perder

Quando nas mãos os versos se negarem

E não houver mais um tango à meia luz

Então me negarei poeta

Então se saberá que nas águas do rio

Um marinheiro chora de saudades

Sobre o tímido risco de luar

Que em seus dedos de solitário

Inda reluz