livre e acordado

Quando me descobrir preso

Não via o que me prendia

Apenas o peso morto,

De uma vida que já não

Tinha....

A morte me rodeava,

Com sua sombra magoada

E eu, acorrentado, vivia

Louco e desalmado

E deixei-me tomar, pela

Sua boca doentia, que me

Sobra o hálito fedorendo

Que da sua garganta saia...

Eu me tornava bêbado,

Sem lugar e sem valia

Até que um dia acordei

E alcancei um machado

E na boca da morte,

Fiz um rombo arrebentado

E sair pelas ruas,

Livre e acordado

Ariano Monteiro
Enviado por Ariano Monteiro em 04/02/2013
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