quase imitação
Adeus, tempo! Que se estilhaçava
Sob o véu do encanto...Adeus,
Tristeza fria, que no ardor de existir
Nunca existia....
Adeus, ao desejo pueril de
Dançar na chuva, de correr
Pelos campos de milho , de
Arder como um menino nos
Braços do pai ..., na estival
Centelha solitária, ser grande,
Como esse céu inteiro de agosto...
Adeus cantiga breve, de sinos
De madeira, de flertes estalos
De borboletas, de cigarras
Solitárias que se explodiam
Em poesia sonora...cantando
Sei lá quê delas mesmas...
Adeus, meu amor, que no seu
Corpo, tantas vezes morri, e
Tantas vezes me nutri de seus
Seios feito de estrelas e saudade;;
Do seu gosto de hortelã e ventania..
Da doçura que dos seus poros
Marejava minhas tardes, minhas
Noite e minha boca, minha agonia...
Deixo-a ao som desse poema:
Flauta e solidão, fortaleza
E coração, deixo á beleza de
Seu corpo, deixo ao gosto de
De sua mãos,
Essa quase gratidão!