NON-SENSE
Toda vez pode ser a última.
Olhando de uma forma menos linear
toda vez é uma última vez.
Algo em você morre
Algo em você nasce
Algo em você muda
Algo em você permanece
firme e duro como uma rocha
encrustada no sopé de uma montanha.
A imprevisibilidade da vida em
toda sua magnitude onírica.
Há muros. Há muralhas.
Barreiras invisíveis, intocáveis
mas profundamente sentidas.
Há brilho de cercas elétricas
nos olhares das pessoas.
Cercas ameaçadoras e finas
como teias iridescentes de aranha.
Há delírio em quase tudo.
Sou novo, mas já me sinto obsoleto,
ultrapassado como um escritoeta na
cinzenta década de quarenta.
Non-sense-Non-sense-Non-sense-Non-sense
Non-sense-Non-sense-Non-sense-Non-sense
Non-sense-Non-sense-Non-semen-Non-sense
Non-sense-Non-sense-Non-sense-Non-sense
Nonsensenonsensenonsensenonsensenonsense
O tempo realmente está mudando – velho Dylan.
Ai de nós se não o acompanharmos!
A pureza e a verdadeira sabedoria estão
mais próximas do som do tambor primal
chamando em um língua desconhecida
do que do metálico som estridente sentido
nos dentes das maquinarias frias deste
presente solitário.
“Pureza”. Sempre tive certo problema com esta palavra.
Acredito que se deve ao conceito metafisico que dela é feito.
TODO HOMEM É PURO
Puro seguindo a sua natureza de ser homem.
Imersos em todas suas dores, complexidades,
alegrias, desejos, estultícia, medos, desconhecimento...
com tudo que é cabível à sua espécie neste planeta
SUPERPOPULACIONAL
SUPERPOVOADO
SUPERAPAVORADO.