NON-SENSE

Toda vez pode ser a última.

Olhando de uma forma menos linear

toda vez é uma última vez.

Algo em você morre

Algo em você nasce

Algo em você muda

Algo em você permanece

firme e duro como uma rocha

encrustada no sopé de uma montanha.

A imprevisibilidade da vida em

toda sua magnitude onírica.

Há muros. Há muralhas.

Barreiras invisíveis, intocáveis

mas profundamente sentidas.

Há brilho de cercas elétricas

nos olhares das pessoas.

Cercas ameaçadoras e finas

como teias iridescentes de aranha.

Há delírio em quase tudo.

Sou novo, mas já me sinto obsoleto,

ultrapassado como um escritoeta na

cinzenta década de quarenta.

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Nonsensenonsensenonsensenonsensenonsense

O tempo realmente está mudando – velho Dylan.

Ai de nós se não o acompanharmos!

A pureza e a verdadeira sabedoria estão

mais próximas do som do tambor primal

chamando em um língua desconhecida

do que do metálico som estridente sentido

nos dentes das maquinarias frias deste

presente solitário.

“Pureza”. Sempre tive certo problema com esta palavra.

Acredito que se deve ao conceito metafisico que dela é feito.

TODO HOMEM É PURO

Puro seguindo a sua natureza de ser homem.

Imersos em todas suas dores, complexidades,

alegrias, desejos, estultícia, medos, desconhecimento...

com tudo que é cabível à sua espécie neste planeta

SUPERPOPULACIONAL

SUPERPOVOADO

SUPERAPAVORADO.

Felipe Duque
Enviado por Felipe Duque em 03/02/2013
Código do texto: T4120961
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