Eclipse
O sol já se põe, divisando o horizonte. As águas límpidas sentem o palpitar das ondas se aquebrantando nas pedras da praia.
Donde estás que não compreende?
O doce rufar das andorinhas comemorando o verão, venerando o desencontro sublime e platônico do sol que se vai, e a lua que toma o seu lugar, orgulhosa e dona de si.
Esconde de si mesma a própria solidão. Cheia, de poder e autoconfiança.
No fundo, não passa de uma estrela, triste; a solidão não ofusca o seu brilho.
Donde estás, sol, que não compreende?
A falta que sente a lua de ti!
Quando virá o próximo eclipse?