Eclipse

O sol já se põe, divisando o horizonte. As águas límpidas sentem o palpitar das ondas se aquebrantando nas pedras da praia.

Donde estás que não compreende?

O doce rufar das andorinhas comemorando o verão, venerando o desencontro sublime e platônico do sol que se vai, e a lua que toma o seu lugar, orgulhosa e dona de si.

Esconde de si mesma a própria solidão. Cheia, de poder e autoconfiança.

No fundo, não passa de uma estrela, triste; a solidão não ofusca o seu brilho.

Donde estás, sol, que não compreende?

A falta que sente a lua de ti!

Quando virá o próximo eclipse?

Lau Lopes
Enviado por Lau Lopes em 14/03/2007
Reeditado em 26/02/2009
Código do texto: T412083
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