Alforria do poeta

Cabeça de poeta, que coisa estranha

se olhar bem de perto, até assusta

de longe parece majestade

mas de fato nada lembra o que é.

É capaz de encontrar beleza no escuro

gosta de mudar até a cor das flores

em volta dela não cabe nenhum muro

dentro dela, Deus descansa suas dores.

A cabeça do poeta faz o mundo fugir do prumo

bagunça as almas como sempre quis

é arteira, é rendeira, faz folguedos com a fé

quando tropeça, ri de si mesma tão feliz.

Quem quiser entender suas amarras, desista

teimar em traduzir suas veias, tempo perdido,

poeta só obedece seus poros e nada mais

seu cantar imanta os ventres da luz para sempre,

sua alforria faz o mundo mais bonito.

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Oscar Silbiger
Enviado por Oscar Silbiger em 02/02/2013
Reeditado em 02/02/2013
Código do texto: T4118835
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