POEMA DAS DUAS CORES
Queria poder
todas as manhãs,
tomar um pincel
de grama,
molhar nas águas
do mar
e pintar o céu
de azul.
À tardinha,
jogar a lua
para o alto,
pintar o sol
de vermelho,
e ver o dia
acabar.
À noite,
embriagar-me
no vermelho dos
teus lábios
e no azul
dos teus olhos.
Janeiro/1989