POEMA SAUDADE (SINGELA HOMENAGEM ÀS VÍTIMAS DA BOATE KISS)

Uma indignação suplanta a dor num presente momento,

E sorrateira reside nos bondosos corações.

Tragédia anunciada que indigna e avassaladora

De uma guerra consentida que sepulta a paz.

Jamais será entendida... Esquecida, jamais!

Incoerência e ganância que não se confunde

Nos limites do tempo e sofrimento do mundo...

De almas que se abraçam vítimas da fatalidade.

Calor e torpor de um presságio inconsequente

Retrato da ingerência, invencionice tupiniquim.

Brasil de contrastes, adeus e saudade,

Jovens inocentes, passagem e trágico fim.

Cálidas paixões num intrigante destino

Dançando ao sabor do vento no céu infinito

Viajam inconscientes em desatino

É triste para os que ficam...

Corações em desalinho.

A inércia costumeira é o que na realidade dói

Sem eira, nem beira, a insanidade se apresenta.

É fato presente, no que se conclui...

Como fato inconsolável, hipocrisia e maledicência.

Querem apagar as chamas da responsabilidade...

Querem extinguir da nossa memória o que ocorreu.

Querem sufocar a sociedade com mentiras...

No que se mostra nítido, leviano e anormal.

Inúmeros cidadãos com tanta vida pela frente...

Imbuídos de sonhos numa valiosa missão.

Inocentes vítimas da flagrante irresponsabilidade.

Que silencia a voz de milhões de brasileiros...

Lamentável acontecimento e questionada perda

De nobres passageiros rumo à eternidade.

Triste fim! Tragédia injustificável.

Incompreensão, revolta e saudade.

Pirapora/MG, 01/02/13.