O mel amargo da poesia

O mel amargo da poesia

Bebo o sumo dos gomos

E derreto-me com o mel amargo da poesia

D'alma cicatrizes

Tudo são relâmpagos

Quando estamos

Por um triz

Vida-fio-tênue

Haja espaço para tanto sofrimento

Tanta dor em movimento

Mãe, Pai, irmãos

Tanta dor, tanta dor

Tanta dor

Agarrada nas mãos d'alma

Fecundando oceano de lágrimas

Ardidas lágrimas

Feito avestruz, enterro a cabeça na terra

Não queria ver o avesso da vida

Sinais de despedida

Mortos

Ave Maria

"Santa Maria"

E por segundos sem respiro

Quero ser flor ou era grudada no muro

Respirando macerado

Fogo Sagrado

Dos que foram em vão

Prece

Compadece

Consternado

Alivia

Furacão de dor

Noite sem sol e sem cor

Tudo é tenro-frágil-escuro

Feito túnel que não tem fim

Vou me arrastando feito compasso

De Ópera inacabada

E sou maestro e batuta

Em traje de gala

Aos prantos

Fazendo sinfonia

Cântaros de lagrimas aflitas

Minha garganta muda, grita.

Tony Bahi@

Nota: Minha poesia chora em luto, pela perda prematura de crianças e "pais", mortos na tragédia de "Santa Maria"!... RGS. "

" D-O-R "!

¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨Interação & Sintonia¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨

Amargura em bela poesia

Que me calou bem fundo

É assim, os poetas, Tony Bahia

Com as dores do mundo

A tragédia em Santa Maria

Deste amargo poema profundo.

Sô Lalá

Obrigado, Sô Lalá, pela inspiração, carinho, tony.

Tony Bahia
Enviado por Tony Bahia em 01/02/2013
Reeditado em 02/02/2013
Código do texto: T4117462
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