Eterna aquarela

Vida, questiona-me

Se ando desvinculado

Do meu amor,

Pois sigo meu momento

Formulando lições

Das divas na crosta

Em minha montanha,

Que de tão desgastada

Quase virou pó,

Os grãos de areia

Que a natureza desintegrou,

Surge a praia

De águas límpidas

Enxaguando meu corpo,

Do suor evaporado,

Preparando-me junto à noite

Um lual de desejos.

O tempo muda

Vem a chuva

Com o capricho dos pingos

De líquidos doces

Retirando o sal

Calmamente escorrido

Na pele enrugada

Pelo teor do frio

Recomponho-me rapidamente

Esquentando meu corpo

Debruçado sobre a bela

Que fez minha noite

Uma eterna aquarela.

ZUKER
Enviado por ZUKER em 13/03/2007
Código do texto: T411734
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