é a solidão

Eu sou acordado

Como uma ferpa

De madeira no dedo

Como o som que

Do choque se faz

Ligeiro...

Sou acordado e o

Mundo existe e é

Verdadeiro...

Eu simplesmente amo

Pois da vida é amar

É canto, é uma cascata

Férrea, é uma cálida

Primavera...

É silêncio recostado

Adquirido, admirado

É a beleza dos tontos

Dos vivos, das pontes,

Dos postes apagados

É meu corpo que come

Que odeia, que arde,

Que se consome, são

Meus abraços admirados

Na rede do tempo...em

Admirável tramóia noturna

É a solidão amada,

Desejada, desolada..

É minha solidão Exótica;

Parda e sonora...e existe

Frio e quente na beleza

do agora...