LUA CHEIA: POESIA EM PROSA

Eram dois corpos ocupando o mesmo espaço

um sabia que dentro do nada existia um escuro,

o que já deixava de ser nada,

mas o escuro era um vazio

que de tudo o alimentava

mesmo sendo nada.

O outro fazia questão

de se mostrar hermeticamente fechado,

como se nenhuma partícula de poeira

pudesse contaminar seu precioso ar,

e já não entendia se era possível

respirar num ambiente tão rarefeito.

Foi então que o nada

deu lugar a cores menos cinzas

e que a estufa se abriu para oxigênio.

Sabe o que aconteceu?

Choveu cores e sonhos!

Yana Moura
Enviado por Yana Moura em 01/02/2013
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