SANTA MARIA, 27/01/2013

Mandem parar o poema!

Te levanta, guria

Fandanguear? Impossível

Dança, guria

Se o Rio Grande se apequena

Canta, guria

E a luz se faz artifício.

E que cesse mesmo o mundo

Não te acanha

Sua tão tola viagem

Não te aperta

Que se a dívida é chumbo

Prende o grito

Sua paga é coragem:

É guardar seiva da vida

Segura minha mão

Que tão jovem se rebenta

Toma teu mate

Juntá-la co’as mãos sofridas

Fala de ti

Solvê-la, boca sedenta.

Às densas trevas do agora

Acorda, guria

O sol se imporá de novo

Acorda

O amor seguirá à prova

Não dorme

De esquecimento e de fogo.

Teixeira Duarte
Enviado por Teixeira Duarte em 31/01/2013
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