Talvez,
se eu desfolhasse a vida de suas metáforas...
Eu, aquele que teria semeado palavras no solo do silêncio.
Eu, aquele que teria regado com lágrimas a promessa da semente
e esperado com tanto ardor e mesmo com a mais inevitável dor
o milagre da flor...

Perfumes e sorrisos,
toques e cores,
olhares e maciez
e talvez, só talvez,
ainda qualquer outra vez,
da beleza da imaculada flor
algum milagre que ainda se fez,
algo que fosse incrivelmente imenso,
mas que tivesse brotado dessa pequenez.

Talvez,
o alimento da semente
acreditarmos menos nessas metáforas
para desfolhar a flor da vida de uma dor
de sempre ter de viver ainda mais uma vez.
E sempre ter de ser ainda uma outra flor...
Marcos Lizardo
Enviado por Marcos Lizardo em 31/01/2013
Reeditado em 25/04/2021
Código do texto: T4116199
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.