As palavras da palavra.

Habito em minhas palavras

e sou a força de meus versos

que riem, pranteiam,

a comer bananas.

Minha alma é folha cheia de tudo,

da vida, do amor, do mundo,

como sedenta guardiã da poesia

que faço!

Meus olhos buscam a rima

e por isso meu coração é livre,

do seu jeito, valsa e canta

e as palavras que me saem da garganta,

habitam o vento,

antes de ficarem vivas,

na gênese do que faço.

Minhas palavras são como o baralho,

escondem entre cartas, tantas cartas:

O queijo do leite, da nata...