QUEM ESCOLHEU MINHAS BALDEAÇÕES?

QUEM ESCOLHEU MINHAS BALDEAÇÕES?

Todas as noites eu tento limpar o céu com uma vassoura,

Tento recolher as estrelas como uma grande lavoura.

Quero encher baldes de brilho e sonhos encantados,

Para poder sarar todos os injustamente castigados.

Penso neste meu insano ato de desespero,

Onde foi parar toda a bondade por que anseio.

Por que há tantas baldeações para minhas metas?

Na revolta de minha alma uso a arma dos poetas!

Quem escondeu as peças que completam o meu genoma?

Ele me deforma preferia que ele me causasse um carcinoma!

Tantas baldeações para chegar aos braços da Dama da Morte,

Poderia ter dado apenas um suspiro sendo assim um ato de sorte.

Mas quem escolheu as baldeações para a minha vida,

Não contava que eu seria um palhaço de esquina.

Mesmo castigado por uma falha de um cromossomo,

Tento ser feliz e livre e de ninguém serei mordomo.

Vou pegar minha vassoura de varrer o céu de estrelas

E com ela vou dançar um tango com a minhas cadelas.

Talvez eu chore pela recordação e beleza da melodia.

O ato será entendido pelos escolhidos que é uma minoria.

Então talvez possam cortar a baldeação

E abraçar o próximo com um irmão

E varreremos não o lindo céu estrelado

Varreremos o lixo humano que foi aqui derramado.

André Zanarella 14-03-2012

André Zanarella
Enviado por André Zanarella em 31/01/2013
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