Tempo de pequi
Os pequizeiros ainda agorinha explodiam em flores
E o cerrado de todos os lugares
Se tornou um luxo só
Mas a exuberância de suas flores
Quase sempre passa despercebida
É que os olhares pouco treinados em ver
Têm mania de enxergar o óbvio
O ululante
O que todo mundo vê
Alguém já contemplou um pequizeiro em flor?
Já tomou nas mãos uma delas
Contemplou suas delicadezas
Seu colrido belo e original?
Ah esse desperdício do olhar
Que se prende sempre ao convencional
A tudo que é igual
E depois da floração
Do espetáculo de flores lindas e únicas
Vem a temporada dos pequis
Diz um dito popular que
Ou se ama ou se odeia o pequi
Agora em pleno verão
Quando as tempestades
se misturam ao calor causticante
Eles amadurecem rapidamente
E caem aos montes
Com peso e garbo
E a delícia de colhê-los
É algo mágico
A gente colhe um aqui
Outro ali
Pisoteia um monte
E se encanta
Com o amarelo ouro
Explodindo do meio do fruto
Expondo toda sua beleza
Despudoradamente
Porque de fato é belo
A maciez da polpa
De um verde cor de abacate
Se contrasta com o mais
lindo tom de amarelo
É como se ouro fosse
Ou melhor
É puro ouro que brota na sequidão do cerrado
Que alimenta os que nada têm
Servindo de pasto aos animais também
Pois nasce onde falta tudo
Como se fora o pão divino
Pena que tal beleza
Não aparece em qualquer mesa
A riqueza imensa que o Brasil tem
É do seu povo desconhecida
Enquanto os pequizeiros
Florescem
Dão frutos
Que caem ao deus - dará
Muitos não enxergam
O que a natureza lhe dá de graça
E não veem a flor
Não veem o fruto
E seguem cegos
Com a mão estendida
Buscando o que está além.
Os pequizeiros ainda agorinha explodiam em flores
E o cerrado de todos os lugares
Se tornou um luxo só
Mas a exuberância de suas flores
Quase sempre passa despercebida
É que os olhares pouco treinados em ver
Têm mania de enxergar o óbvio
O ululante
O que todo mundo vê
Alguém já contemplou um pequizeiro em flor?
Já tomou nas mãos uma delas
Contemplou suas delicadezas
Seu colrido belo e original?
Ah esse desperdício do olhar
Que se prende sempre ao convencional
A tudo que é igual
E depois da floração
Do espetáculo de flores lindas e únicas
Vem a temporada dos pequis
Diz um dito popular que
Ou se ama ou se odeia o pequi
Agora em pleno verão
Quando as tempestades
se misturam ao calor causticante
Eles amadurecem rapidamente
E caem aos montes
Com peso e garbo
E a delícia de colhê-los
É algo mágico
A gente colhe um aqui
Outro ali
Pisoteia um monte
E se encanta
Com o amarelo ouro
Explodindo do meio do fruto
Expondo toda sua beleza
Despudoradamente
Porque de fato é belo
A maciez da polpa
De um verde cor de abacate
Se contrasta com o mais
lindo tom de amarelo
É como se ouro fosse
Ou melhor
É puro ouro que brota na sequidão do cerrado
Que alimenta os que nada têm
Servindo de pasto aos animais também
Pois nasce onde falta tudo
Como se fora o pão divino
Pena que tal beleza
Não aparece em qualquer mesa
A riqueza imensa que o Brasil tem
É do seu povo desconhecida
Enquanto os pequizeiros
Florescem
Dão frutos
Que caem ao deus - dará
Muitos não enxergam
O que a natureza lhe dá de graça
E não veem a flor
Não veem o fruto
E seguem cegos
Com a mão estendida
Buscando o que está além.