Minha vida sem mim

Quem sou eu para me sentir assim?

Quem sou eu para dizer que hoje é o fim?

Não sou nada.

Mero sapiens, ultrapassado.

Cadê o futuro que não chega

desse presente desconsolado?

Mero mortal que sou.

Martirizo-me: espero o futuro

de um passado que nem começou...

Que se passa?

Que acontece com tua figura tão bela

agora tão desconfigurada?

Nada, não acontece nada.

Nostalgia e devaneios

vorazmente devoram-me a vida,

cortando-me as veias já feridas

anunciam o suspiro derradeiro.

Pensamento constantemente ativo

de um ser inteiramente inexpressivo,

que apenas vive inconstante

pensando nas coisas ruins, boas... (in)significantes.

Penso.... penso em ti, penso em mim.

Penso no que vivi e no que viverei até o fim.

Penso em quão doce poderia ser o gosto da partida,

e penso como seria... sem mim... a minha vida....

Larissa Maciel
Enviado por Larissa Maciel em 30/01/2013
Reeditado em 08/03/2013
Código do texto: T4114263
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