EU NÃO

Eu não vou me render

A esse suco que me palpa feito pincel

A essa saudade que não almejo

A esse calor éter

A essa sucção infindável

...ao teu beijo

Eu não vou me repulsar

Dessa leveza dura

Desse estado de choque

Desse vaivém de excitar

Desse poder de cura

...do teu toque

Eu não vou me esquecer

Na aragem da tua presença

No agasalho desse costume

No recesso do meu ser

No aroma que se fez crença

…do teu perfume

Eu não vou me doar

A escuridão que é tua ausência

As cancões de dor derramadas no chão

A contemplação dos pedaços do ar

Ao esquecimento da nossa vivencia

… ao fim do fogo que é nossa paixão

Eu não.

Odibar João Lampeão
Enviado por Odibar João Lampeão em 29/01/2013
Reeditado em 08/02/2013
Código do texto: T4111932
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