como um tapa na cara
com um tapa
a poesia me
rasga...e me põe
num quarto sujo
o tecido do mundo
se põe a cantar..
e soa alto
"essa vida não vai acabar"
o que ponteia o poeta
é a dor, de quem
quer fugir...
"maldita dor,
longe de mim! ..
o medo é feito
de barro
e chove pouco
na campo de trigo
o vento bate
a porta, o verão
se esgota...
"nem sequer um
abrigo "
e o frio
se aninha com
minha tristeza
eu penso em
railda, penso
maria, penso
em tereza....
toda desbaratadas
todas elas
estão mundo
nem uma delas
acordadas