Esquife

Entre a fala emudecida

Ventos errantes ao tempo

Sombras e sobras.

O fulgor implacável

Canonizado aos deuses

Canções já envelhecidas!

Os sonhos borrados,

Em meio aos cacos

Pequeninas fuligens.

Rosas pulsantes embebidas em vinho.

Ébrios e loucos desenharam teu nome,

Rente as pedras do mar

Onde jaz um corpo esquecido.

Olhos ainda vivos

Celebram uma alvorada distante

Fúnebre luz opaca.

A um eterno meio sorriso

Brindam em suas danças

A última contemplação. O vidro.