Dias Passageiros

Às vezes é como uma treva

meu crepúsculo e uma névoa

que encobre os fatos nocivos

e os mais sãos tateiam pregos.

Às vezes melancolias lânguidas

antes que a primeira estrela nua

desponte fulgurante ao manto

que é o que comove meu ser.

Ás vezes é o silêncio ou é a poesia

e chego a arfar aturdido com as cores

que assistem seus reflexos no meu olhar

e se fundem aos devaneios perpendiculares.

Mas depois de algum tempo eu volto

e desligo todas as lâmpadas da chuva

que se anuncia no horizonte tardio

pois, eu quero deitar nas constelações.

Às vezes é assim mesmo ou é diferente

de tudo aquilo que tentei dizer ou calei

nos dias tão passageiros que se vão

sem deixar nem um vestígio do amanhã.

Jonas R Sanches
Enviado por Jonas R Sanches em 29/01/2013
Código do texto: T4111554
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