Noites
Tanto a ser dito e nenhuma palavra.
Tenho aqui na garganta,
Um nó me amarrando o discurso.
O grito,
Não é mais que um grunhido,
Um gemido de angústia e desespero.
Deito um a um, os sentimentos
Que ninguém ouve, que ninguém vê,
Na fronha cor-de rosa do meu travesseiro.
E a noite em seu silêncio,
Chora comigo minhas dores...
Repousando na madrugada, o orvalho sobre as flores.