Sonhos bem pra lá do arrebol

Da tarde que passa da chuva

do sol tão calado e a brisa do lado

que passa e repassa as quatro estações

num vago momento e o vento se vai.

Da tarde o resquício aturdido

do ócio banido da estrela maior

que brilha ausente nas nuvens

e a luz que reflete são olhos do meu amor.

Da tarde já tão esvaída e colhida

aos botões de uma noite presente

que é a rosa silente soturna e brilhosa

que é mágica e reflete um vaga-lume.

Da tarde desfeita no derreter do sol

enquanto me encanto à luz do arrebol

brilhante o bastante para divagar

nos sonhos pulsantes de cara para o mar.

E nas pedras agora a prata da lua

e as sereias a entoarem seus cantos de amor...

Jonas R Sanches
Enviado por Jonas R Sanches em 28/01/2013
Código do texto: T4110481
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