rua 241
os feijão pulava
na panela quente
e minha mãe
pelo canto da sala
via o futuro
meu pai, sumido
no mundo, tomava
espasmo e gritava
dentro da noite
eu não era senão
uma vontade,
um bilhete de amor
uma promessa...
o feijão pulava na
panela e os coraçãoes
pulavam na rua...
era aberto o bloco do dia