EXAUSTÃO
Há um homem cansado
que vagueia pelas esquinas:
cansado de tanto aguardar
o final da madrugada,
o raiar de um novo dia.
Cansado, também, de decidir
sobre o que não há decisão,
sobre o absoluto impensável
- coisas do coração.
Sua letargia impera
em músculos, face e alma,
- tudo cansa! -
e as linhas em suas palmas
indicam a exaustão
de sua esperança...
Pois está cansado
de bater, em vão,
em tantas portas
e o futuro
não vislumbra,
simplesmente porque está
cansado
de reprimir seus sentimentos,
de naturezas mortas,
de amores não encontrados,
de viver na penumbra...
28 de Janeiro de 2013