EXAUSTÃO

Há um homem cansado

que vagueia pelas esquinas:

cansado de tanto aguardar

o final da madrugada,

o raiar de um novo dia.

Cansado, também, de decidir

sobre o que não há decisão,

sobre o absoluto impensável

- coisas do coração.

Sua letargia impera

em músculos, face e alma,

- tudo cansa! -

e as linhas em suas palmas

indicam a exaustão

de sua esperança...

Pois está cansado

de bater, em vão,

em tantas portas

e o futuro

não vislumbra,

simplesmente porque está

cansado

de reprimir seus sentimentos,

de naturezas mortas,

de amores não encontrados,

de viver na penumbra...

28 de Janeiro de 2013

Marcelo Lopes
Enviado por Marcelo Lopes em 28/01/2013
Reeditado em 01/02/2013
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