POIESIS

Não quero amarguras e nem tristezas.

Ao largo das dores, passo.

Faço-me errante por entre os trigais da beleza.

Canto e sempre cantarei um mundo melhor que este.

Arrenego a mágoa que às vezes no peito quer latejar.

A ternura que o vento levou, por que não reinventar?

E a sombra do mal, o coração insensato, não se pode mudar?

A fé, o amor, a esperança,

por acaso são flores impossíveis de se cultivar?

Pode tanto a palavra, bem sei.

O verbo é força, plenitude, alegria.

Mais além, paz e harmonia.

Quem sabe um dia, em vez de poeta,

seja o homem a própria poesia?

Uni-verso,

poiesis,

poesia.

Eu Sou.

José de Castro
Enviado por José de Castro em 27/01/2013
Código do texto: T4107549
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