POIESIS
Não quero amarguras e nem tristezas.
Ao largo das dores, passo.
Faço-me errante por entre os trigais da beleza.
Canto e sempre cantarei um mundo melhor que este.
Arrenego a mágoa que às vezes no peito quer latejar.
A ternura que o vento levou, por que não reinventar?
E a sombra do mal, o coração insensato, não se pode mudar?
A fé, o amor, a esperança,
por acaso são flores impossíveis de se cultivar?
Pode tanto a palavra, bem sei.
O verbo é força, plenitude, alegria.
Mais além, paz e harmonia.
Quem sabe um dia, em vez de poeta,
seja o homem a própria poesia?
Uni-verso,
poiesis,
poesia.
Eu Sou.