A Bruma do Menino
Tantas goteiras caem do chão vazio,
e no canto escuro se camufla retido.
Carrega o rancor do mundo no olho rubro,
foi cuspido na casta:
"Pobre moribundo...,
vá trabalhar vagabundo!"
A bruma fumegante arreatou
e arrebatou as horas do relógio,
trancafiando-a na terra sem velório,
onde o cinzento e esburacado asfalto é unicamente um colo de Mãe.