A Bruma do Menino

Tantas goteiras caem do chão vazio,

e no canto escuro se camufla retido.

Carrega o rancor do mundo no olho rubro,

foi cuspido na casta:

"Pobre moribundo...,

vá trabalhar vagabundo!"

A bruma fumegante arreatou

e arrebatou as horas do relógio,

trancafiando-a na terra sem velório,

onde o cinzento e esburacado asfalto é unicamente um colo de Mãe.

drigo andarilho
Enviado por drigo andarilho em 27/01/2013
Reeditado em 05/06/2015
Código do texto: T4107400
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