Quase sempre

Ela tinha o mundo em suas mãos

Mas preferia o cigarro entre os dedos.

Achava graça chorar por desespero

E temia viver nos braços da ilusão.

Topava qualquer falso sorriso

Em busca de qualquer triste distração.

Tornava-se frágil e sensível

Quando o assunto era dor que fere coração.

Mas foi o acaso o pai de toda mudança.

(Ela que já não tinha tanta esperança ganhou

Novos sonhos quando com o amor topou)

E da solidão se fez lembrança.

Ela era de novo criança

Coberta com o calor do amor.

-Ah, como é bom saber...

Que um dia o sol nasce lindo

Para toda e qualquer pessoa.

Pode ser que demore ou não

Mas a vida carrega em si uma surpresa boa.

Que quase sempre é amor.

Quase sempre.

Luís Lobato
Enviado por Luís Lobato em 27/01/2013
Código do texto: T4107280
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