SILENT NIGHT

Vem suave noite de pouca estrela,

e a lua tão nua, brilha que brilha

lambendo a rua...

Caminha sozinho, pensando na vida

de rimas tão pobres. E a lua se cobre

em vestes de prata...

Luar sobre a mata preenche a noite.

E os grilos entoam na dança da lua

cadente estribilho...

“Onde está o teu brilho e o teu encanto,

poeta da noite de mísera estrela?”

Nem eco responde.

E o poeta prossegue a jornada.

Entre versos e rimas, o silêncio,

estrada e pó.

“Bastam teus olhos, suave lembrança,

e a verde esperança sempre madura.

Jamais estou só.”

E a lua caminha pelo céu.

Vai deixando um rastro de pura luz.

Solidão que brilha.

José de Castro
Enviado por José de Castro em 26/01/2013
Reeditado em 26/01/2013
Código do texto: T4106837
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