SILENT NIGHT
Vem suave noite de pouca estrela,
e a lua tão nua, brilha que brilha
lambendo a rua...
Caminha sozinho, pensando na vida
de rimas tão pobres. E a lua se cobre
em vestes de prata...
Luar sobre a mata preenche a noite.
E os grilos entoam na dança da lua
cadente estribilho...
“Onde está o teu brilho e o teu encanto,
poeta da noite de mísera estrela?”
Nem eco responde.
E o poeta prossegue a jornada.
Entre versos e rimas, o silêncio,
estrada e pó.
“Bastam teus olhos, suave lembrança,
e a verde esperança sempre madura.
Jamais estou só.”
E a lua caminha pelo céu.
Vai deixando um rastro de pura luz.
Solidão que brilha.