Insônia

Sinto um cansaço que me corrói a alma

E apodrece minhas verdes ilusões,

E, o sono leve que acalenta e acalma,

Perdido eu velo nas divagações.

Dispenso os pés da trivial alparca,

Me desmascaro pra fugir do carnaval.

Pois no meu rosto eu só carrego a marca

Do meu cinismo ou do teu beijo fatal.

Quero tomar um porre desses madrigais,

Cuspir na face que teu deboche exprime.

Cabeças rolarão nesses quintais

Da consciência que condena e que redime.