PRELÚDIO PARA UM AMOR

As palavras chegam palpitantes,
enfeitadas em versos,
perfumadas de encanto.

Uma alfombra adjetivada
recebe o repouso feliz
do poeta contemplattivo.

À noite,madrugada silente,
o veludo tenro da voz
se faz melodia suave.

O vinho tinto nas taças
que aproximam as mãos,
não tanto quanto os corpos.

Dá-se o fulgor dos olhares
que mergulham mutuamente
numa espiral de anseios.

Os corpos soltos, num infinito só deles.
No chão jazem taças tombadas,degustadas,
e no ar, os acordes repetidos da última canção.

Otávio Coral
Enviado por Otávio Coral em 26/01/2013
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