O mal da idade

O mal da idade

Não saber o que se quer de verdade

Sempre estar em sincronia com a impossibilidade

Quando aprendo a gostar, já é demasiado tarde

Quando não sabia gostar, só sentia ansiedade

É o mal idade, te confundir, ansiar, depois sentir saudade

O corpo quer mais do que a mente entende

O corpo em eterno disrítmo com o pensamento

Facilmente a mente aprende lentamente, lenta mente...

E a mente as vezes mente, e só depois tu compreende

O mal da idade, como faz mal prosseguir a idade

Talvez no futuro, ao morrer, encontremos a verdade

Há essa possibilidade, espero que a mente aguente

Enquanto isso, ela descrente, segue em frente

Mente pro meu corpo, tenta ser diferente

Mas ao menos sabe apreciar algo claramente

Esse brilho flamejante que encanta qualquer serpente

O cheiro da caça agonizando, o sabor da morte de um

É o que determina, que a vida de outro siga em frente...