IGARAPÉ
Os sonhos deslizam e se escondem
nas águas d'algum igarapé,
adentrando a mata escura
dos mistérios duma amazônica fé.
Um curso d'água perdido,
nas sombras de tantas lembranças,
lado escuro da vida,
que abriga a alma criança.
E a canoa solitária desliza
no verde espelho do rio,
na margem onde a Iara espia
a imagem de seu próprio seio
Lânguida e nua adormece,
nas águas d'algum devaneio.
Os sonhos deslizam e se escondem
nas águas d'algum igarapé,
adentrando a mata escura
dos mistérios duma amazônica fé.
Um curso d'água perdido,
nas sombras de tantas lembranças,
lado escuro da vida,
que abriga a alma criança.
E a canoa solitária desliza
no verde espelho do rio,
na margem onde a Iara espia
a imagem de seu próprio seio
Lânguida e nua adormece,
nas águas d'algum devaneio.