IGARAPÉ

Os sonhos deslizam e se escondem
nas águas d'algum igarapé,
adentrando a mata escura
dos mistérios duma amazônica fé.
Um curso d'água perdido,
nas sombras de tantas lembranças,
lado escuro da vida,
que abriga a alma criança.
E a canoa solitária desliza
no verde espelho do rio,
na margem onde a Iara espia
a imagem de seu próprio seio
Lânguida e nua adormece,
nas águas d'algum devaneio.






 
MARCIA TIGANI
Enviado por MARCIA TIGANI em 26/01/2013
Reeditado em 12/04/2014
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