vigília

quando adormecem os sons,

vigiam-me tuas luas e mãos,

em teus olhos fechados

rezo meus versos, teu credo

entre uma prece e outra

nas frestas das tuas palavras

silencio-me em entrelinhas

a tecer de longe, teu retrato

enquanto misturo letras

em cálices sem nexo e sem ecos

velo da tua face ausente, teu nome,

teu vício, teus quases, teus sempres...

nessas noites de mãos, olhos

vigilia, quandos e enquantos,

escrevo-me para que me leias

na poesia dos teus sonhos...

Almma
Enviado por Almma em 26/01/2013
Reeditado em 13/08/2013
Código do texto: T4105666
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