Lúgubres Lamentos
Todas as tardes ela passa com o
mesmo semblante entristecido
Praguejando aos céus
o sofrimento de sua alma
Seus lamentos ressoam
na penumbra de seus passos
Só ela pode ouvi-los
Um urro entre montanhas
Induzida ao pior dos vícios
Nele põem as esperanças
De enfim ser liberta e acolhida
pelas mãos do Ser Sacro
Atirou-se cedo ao abismo e parece
Ainda não ter atingido ao chão
Deu o fruto de seu ventre
E hoje busca a redenção.