Feliz aniversário, meu chão (459 anos da cidade de São Paulo)
Em comemoração ao aniversário de
459 anos da cidade de São Paulo,
“terra da garôa”, meu chão
Meu chão, minhas raízes vão por você
Desde meu coração de onde saem
Minhas idéias, palavras e ações.
Coração que não é o do peito
É o que me lança por você
Com impulso interiormente motivado.
Nossas histórias são nossas
As minhas são suas; as suas são minhas
Somos iguais, mas diferentes.
Meu chão, minha São Paulo
Como te amo!
Sem esforço, te amo!
Sorte minha! Se esforçar para amar...
Às vezes precisa, mas amar
Porque simplesmente ama....
Já pensou quando em você
As pessoas não precisarem querer
O que é do outro?
A mulher, o carro, o celular, o tênis,
Ser melhor que o outro ou não deixa-lo ser
Pior ainda! O dinheiro público!!!
Meu chão! Minha São Paulo!
Quero você como quero que aquelas crianças lá
Cheguem, ainda em você, como o casal de velhinhos ali
Quero você como quero que
Joguem o lixo no lixo,
Que faixa de pedestres seja sagrada.
Que bala de revólver seja de todos os sabores
Vendidas ao preço de um sorriso
E que não saiam de revólveres.
Quero você como quero chegar
No hospital e ser tratado, chamado,
Visto e me sentir como gente.
Entrar no ônibus sem medo...
Sem medo de não conseguir descer no meu ponto
Sem medo de um novo passageiro.
Quero atravessar a rua
Sem ter que olhar para os dez lados antes
Os da rosa dos ventos e dentro e fora.
Seu chão, minha São Paulo,
É onde penso, e por isso
Onde existo.
Seu coração é o teto
Que me dá abrigo e para quem amo também.
Por isso, sempre minha gratidão.
Minha São Paulo,
É tanto pra dizer, declarar, pedir,
E muito mais pra sentir.
Então vamos curtir esse bolo agri-doce
Mais agri para uns, mais doce para outros
Agora apague suas 459 velinhas
Mas só se for com suas brisas, ventos ou ventanias
Furacões, tufões, ciclones, maremotos, tsunamis não!
Afinal isso não é da sua boa índole.
Assinado com tinta de arco-íris
Das lágrimas de gratidão
Desse poeta tentativa.