Teus dedos passeiam pelos meus versos
Teus dedos passeiam pelos meus versos
Sem pudores, acaricias cada palavra
Imagino teus pensamentos imersos
Nesse rio de poesia onde navega tua alma...
Reconheces a ti mesmo nessa viagem
Imaginas que foste tu quem a escreveste.
Suspiras e estremeces a cada imagem
Desenhada e pintada naquilo que leste.
Vês tua alma livre ... presa nessa gaiola...
Mas a porta está aberta...podes partir
Não te peço nem te dou migalha ou esmola
Deves escolher entre ficar ou fugir.
Por vezes, incrédulo, não acreditas
Que escrevi só para ti esses versos...
Por isso, segues as enigmáticas pistas
Que jogo nesses caminhos tão incertos.
Na dúvida, preferes a sutil crença
Que em teus devaneios abraças.
Desarmada, tua certeza se senta
E agradecido e vencido, tu a afagas.
Perguntas a ti mesmo a todo momento
Se eu sei o quanto te encanto...
Às vezes, parece um tormento,
Mas, tua alma nunca transbordou tanto.