(Ocaso Orvalhado)

como um hai-kai caboclo

o verso se desapega da métrica

acelerando a imagem

que explode, lírica

na tela do imaginário.

fiapos de sol ao cair da tarde.

na nossa cama

origami nas dobras caóticas do lençol.

corpos trançados

são cipós retorcidos

criando líquidas imagens

que se revelam na penumbra.

no ocaso orvalhado

nossos olhos brilham

e evocam saudades.

José Carlos de Souza
Enviado por José Carlos de Souza em 23/01/2013
Reeditado em 22/02/2019
Código do texto: T4100878
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