PRIMEIRO AMOR
Quando perdemos a inocência
do primeiro amor
é que sentimos uma profunda
dor
e vemos que o mundo já não é
multicor
apenas o cinza, o negro, o pálido
ao derredor
e nossos hímens se partem
as mentes se confundem
as almas gemem
e o corpo é uma poça
de suor.
O beijo não vem e a lua se vai
tampouco o sol brilha
em resplendor.
Sinto a falta do amigo
convivo só com o inimigo,
falta-me amor
sobra-me dore
e a vida
é só malícia
crueza
hipocrisia
sem o mundo-cor
do meu pirmeiro amor.
24 de Dezembro de 1993