MORRESTE-ME

Morreste-me em dó,

em sol e lua.

Morreste-me em som,

em frases cruas.

Deixaste-me nua

sem tez

ou lucidez.

Morreste-me em vão

nos vãos

da ingênua generosidade.

Morreste-me em ossos.

Sim, morreste-me em vão,

pois a vida me ensinou a canção

que se canta sobre os ossos,

ossos do ofício.

Rose Tunala
Enviado por Rose Tunala em 22/01/2013
Código do texto: T4098639
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