Não  são as linhas do tempo
paredes de papel (instante)
o nada que   separa
uma tosse de um sonho

nos corredores do espelho
há vultos correndo
alguns de  passagem Sem batalhas
há um céu pipocando
noticias e confinamentos

não há esquecer
nem fingir
não há nova pista
nemhum jogo em qualquer manhã
existe sim um cheiro de desodorante antigo
meio febre, meio gesto, meio ambíguo,
um costume , um amor, uma vitrine

diante do espelho
há alguem de joelhos
um mundo longinquo
um provérbio ansioso
um ponto embutido
há uma busca  sedenta
uma madre sofrida
uma luz apagada
ferida..

diante do espelho
há corpos e medos
um repente
um decoro
um ausente
uma imagem  (i)refletida

há  alguma felicidade impedida
uma ordem
um acorde
um  desgaste,
uma haste
uma desordem,
um embaçamento
que jamais limpa










olguinha costa
Enviado por olguinha costa em 22/01/2013
Reeditado em 22/01/2013
Código do texto: T4098633
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