Navio do horror
De Rafael Sad
Na terra de um velho pirata,
No trevoso e soturno oceano,
Com intrepidez e ousadia inata,
Entoando um canto tirano.
Com olhar atroz
E bramido estentório;
Uma adaga no cós,
Sempre avante e insóbrio.
Num galeão saqueado,
E muito rum na cintura.
Até os dentes armado,
A impiedosa figura.
Sob o crepúsculo pálido,
Fumaça e ruínas.
Da vicejante cidade,
Restou só carnificina.