NÃO SOU ORGULHO, SOU CATETO
Exponho meus orgulhos
no verso que escrevo,
mas também exponho
minhas fra(n)quezas.
De baixo do tapete da ante-sala
da alma, retiro os entulhos
e jogo as cartas. Sei que devo
o que é impagável: o sonho
da vida. As delicadezas
da alma
não sabem o que o coração cala.
Nem nunca a alma saberá
das esquisitices a que se submete
o coração. A alma sobrevive,
o coração arrisca.
Peço calma.
Necessito saber o quê há,
porque sei que a loucura me remete
sempre ao inferno. Resgato o que tive
nos tempos de ser isca.
Sou tempo novo.
Sou hoje o que comovo.
Não engano, não prometo.
Não sou hipotenusa, sou cateto.
Exponho meus orgulhos
no verso que escrevo,
mas também exponho
minhas fra(n)quezas.
De baixo do tapete da ante-sala
da alma, retiro os entulhos
e jogo as cartas. Sei que devo
o que é impagável: o sonho
da vida. As delicadezas
da alma
não sabem o que o coração cala.
Nem nunca a alma saberá
das esquisitices a que se submete
o coração. A alma sobrevive,
o coração arrisca.
Peço calma.
Necessito saber o quê há,
porque sei que a loucura me remete
sempre ao inferno. Resgato o que tive
nos tempos de ser isca.
Sou tempo novo.
Sou hoje o que comovo.
Não engano, não prometo.
Não sou hipotenusa, sou cateto.