ENIGMAS
São esses os enigmas do viver
Os códigos que desfazem o labirinto
A chave que nos leva ao infinito
A fonte invisível do saber:
A migalha que alimenta um batalhão
Os anjos que constroem a existência
O silencio insone da sapiência
A perversa realidade da ilusão
Os atalhos abismais dos descaminhos
O tempo que sopra sobre as idades
Os oportunos desatinos da verdade
O solo por onde os deuses caminham
Ancorados num sonho que produz chuva
Nutridos na lembrança do quase beijo
O fogo, a razão e o ensejo
Na sedução mágica da noite turva
Na paz, na guerra, na calma e no medo
Que regem os desígnios das cidades
Que promovem dor e felicidade
São esses os ancestrais segredos.