viver de quase nada
Eu não quero
O giro dos Deus;
A montanha encantada.
O caminho de pedra amarela
A mesa requintada
Eu Quero comer
Na hora certa;
Deixar meu o corpo
Se envergar e matar
Germe e barata
Não subir ao céu
Ou descer ao rio de
Ninfas, nem fazer
Trabalho de colosso
Nem me saber ouro
Ou paladar,
Eu quero é pagar
O aluguel em dia,
Ter minha casa limpa
E amar a poesia...
Não quero apenas
O campo verde, as
Laminas que do orvalho
Suaviza o tempo;
Eu quero também
Meu sertão, do homem
Duro, de cara envergada,
De árvores ressentida...
Do rio que languidamente
Seca em busca de outra lida ...
Eu quero é a vida sentida...
Viver de quase
Nada...