Serendipidade

a cidade é enferma

solitária,

aguada...

e o que temos na tarde

é apenas presságio...

voltemos todos

pra casa, abracemos

nosso cão, nosso pai

nossa mãe...atravessemos

o vazo da discória...

da mágoa já encardida

dos cantos de nódua...

descemos todos a ladeira

do entendimento...

da graça, do fogo sagrado

que do coração escapa...

Sejamos homens

sejamos torres

compo plantado

colheita e vontade...

seja lavadeira, pássaro

Serendipidade

orai, pelo amor

pela vida que se acabou

pelos famintos

orai para que fé volte.

para que procissão se torne

rio e comida....

sejamos homens

sejamos vida

Ariano Monteiro
Enviado por Ariano Monteiro em 21/01/2013
Reeditado em 21/01/2013
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