Para Sentir! – VI

Das coisas que pedem tempo

Pelas vezes que se vira nas pedras,

Talha um caminho sinuoso, põe-se difícil,

Espera compreensão & calma sem tê-la,

Busca variantes momentâneas, novidades,

Alguns brilharecos que passarão desapercebidos,

Outros apenas pelo momento, apenas passam,

Inoportunos para ficar apenas nisso,

Clareia a noite com a visão da Lua,

Do brilho, este sim intenso, novas fugas,

Empareda os sentidos sem boa lógica,

Naufraga com importâncias duvidosas,

Do trato que se espera, ao que se recebe,

Reclamos atrasados por não atingir objetivos,

Criam-se mais vazios que preenchimentos,

Com água vazando por todos os lados,

De natural, o pouco que acontece, dispersa-se,

Mais uma música sendo composta aos trancos,

Ah! A tranca que destravada ainda trava,

Possibilidades largadas pelos cantos,

Não podem ser retomados, já passaram,

Novamente sobram esperas & a fiel solidão,

Encalacrada feito visgo, feito pele, feito chão,

Outras composições para chorar como um blues,

Dos percalços que advém de medidas extremas,

Externa suas aflições mais do que carinhos,

A falta que o toque na pele sempre faz,

Ainda há muito o que aprender, muito mesmo,

Até rever todo o tempo que pediu & se perdeu,

Foge para cantos, para melhor chorar a solidão,

Do riso frouxo, apenas uma marca que se gravou,

Mesmo quando a fila anda, alguma coisa resta!

Peixão89

Peixão
Enviado por Peixão em 12/03/2007
Reeditado em 13/03/2007
Código do texto: T409585
Classificação de conteúdo: seguro