Viagem...
No veludo negro da noite...
Rendada pela prata do luar que a banhava!
Perdido estava o pensamento,
Buscando a quem tanto ansiava.
Ânsia desejo de voar ao longe,
Tocar as estrelas, quem sabe!
Roubar-lhe o brilho, emprestar-lhe a beleza!
Para doar-lhe na certeza,
De um amor que renasce!
E se nuvens, feito águas de mar calmo,
Encobrissem o luar, riscando o céu, cobrindo as estrelas.
Á elas pediria licença...
E com o sopro da poesia as levaria para longe...
Com carinho, mas com a decisão dos que amam...
E o vento macio levaria a alma para os cumes do além
E lá, nos jardins da lua, no quintal do céu,
Colheria as estrelas mais brilhantes, mais ofuscantes,
Para servir-lhe de prenda na doação do amor
Quem sabe, antes que o sol raiasse e a noite o levasse,
O amor querido, ansiado,
Objeto sentimento de seu desejo despertasse,
para talvez quem sabe, acompanhar lhe a viagem.
A viagem do amor para as terras da tão sonhada felicidade!