minha rosa

era de ferro

minha rosa,

minha rosa

era de farelo

minha rosa era

de espasmo,

era magra,

não soletrava

beleza, nem

esperteza,

era uma rosa

precária,

anti- gregaria ,

mas era

uma rosa

camarada

sai, água

santa..., pois

do brejo, eu

sou manta,

escondo

da fonte sol

meu aro feito

de lama...

vem, água

de brim, queda

e saudade,

destrói essa dor

magoado, essa fome

de ser amado...

diz-me um soneto

bonito, diz que o céu

é azul, tire essa dor

de meu peito, me abane

seu vento do sul...

e no mais, me abrace

me beije, me faça

alegre, me torne sol

e tempero, me cubra

de sua floresta branca

me torne, arte e esperança

Ariano Monteiro
Enviado por Ariano Monteiro em 19/01/2013
Reeditado em 19/01/2013
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