minha rosa
era de ferro
minha rosa,
minha rosa
era de farelo
minha rosa era
de espasmo,
era magra,
não soletrava
beleza, nem
esperteza,
era uma rosa
precária,
anti- gregaria ,
mas era
uma rosa
camarada
sai, água
santa..., pois
do brejo, eu
sou manta,
escondo
da fonte sol
meu aro feito
de lama...
vem, água
de brim, queda
e saudade,
destrói essa dor
magoado, essa fome
de ser amado...
diz-me um soneto
bonito, diz que o céu
é azul, tire essa dor
de meu peito, me abane
seu vento do sul...
e no mais, me abrace
me beije, me faça
alegre, me torne sol
e tempero, me cubra
de sua floresta branca
me torne, arte e esperança